O Cerrado brasileiro é considerado a savana com maior biodiversidade do mundo. Esse bioma é palco de uma crescente ocupação humana, que demanda esforços de todos os setores em busca do desenvolvimento sustentável, de modo a conciliar os interesses sociais, econômicos e ambientais.

Considerando sua grande relevância, a Prefeitura Municipal de Dueré juntamente com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente comemoram o Dia Nacional do Cerrado, neste 11 de setembro, data com o objetivo de nos trazer para mais próximo da realidade deste bioma e a importância de preservá-lo.

Considerado o Berço das Águas, o Cerrado torna-se, portanto, o celeiro da vida. É nele que estão localizados os três mais importantes aquíferos brasileiros: Guarani, Urucuia e Bambuí, abrigando nascentes das principais bacias hidrográficas brasileiras. Em se tratando de água doce no planeta Terra, o Cerrado tem um papel fundamental na manutenção do abastecimento e da qualidade da água.

Devido à importância do Cerrado, torna-se urgente uma atenção especial e medidas preventivas para as ameaças de destruição que estão ocorrendo neste bioma. Mais de 50% da vegetação nativa já foi desmatada e substituída por monoculturas de soja e criação de gado. Em se tratando de agrotóxicos, mais de 600 milhões de litros de venenos estão sendo jogados a cada ano nas áreas do Cerrado.

Evidencia-se, portanto, a necessidade de denunciar o desmatamento predatório e as queimadas criminosas. Todos os anos no Cerrado acontecem inúmeras queimadas neste período de seca. Na maior parte das vezes, pela ação destruidora do agronegócio. O objetivo é forçar os pequenos agricultores, comunidades tradicionais, povos originários, indígenas, quilombolas e ribeirinhos a deixarem suas terras para que estas sejam apropriadas, muitas vezes griladas, pelos latifundiários, que utilizarão os espaços para plantação de monocultura de soja, criação de gado e exploração da mineração.

Diante deste cenário, faz-se necessário que todos nós, principalmente por vivermos neste bioma, nos tornemos também membros desta luta, juntamente com os povos originários e os movimentos sociais existentes. Não basta admirar as belezas de um ipê amarelo, rosa, roxo ou branco; saborear o pequi, o picolé de frutos do cerrado. É preciso que tenhamos ações coletivas.